JORNAL DO COMÉRCIO 26/02/2014 - 13h27min
Ator preso ao ser confundido com assaltante deve ser liberado de presídio nesta quarta-feira
Agência O Globo
O ator e vendedor Vinícius Romão de Souza, de 26 anos, deve ser solto nesta quarta-feira. Rubens Nogueira de Abreu, advogado de Vinícius chegou por volta das 8h40m à Cadeia Pública Juíza Patricia Acioli, em São Gonçalo, e declarou que a família não vai ao local e que não há previsão de quando o oficial de Justiça chegará ao presídio com o alvará de soltura. Ele também não quis comentar se Vinícius entrará na Justiça contra o estado ou contra a mulher que o acusou. Segundo o advogado, isso será decidido pela família de Vinícius.
"Minha preocupação é de que ele saia daqui ainda hoje", disse o advogado.
Questionado se a repercussão na mídia e nas redes sociais foi essencial para que a Justiça determinasse a liberdade provisória de seu cliente, Rubens negou, creditando a reviravolta ao trabalho dele mesmo. Vinícius se encontra numa cela com outros 15 presos, mas não sofreu violência. Segundo o advogado, Vinícius está tranquilo por ser psicólogo e ter consciência de sua inocência.
Ainda de acordo com Rubens Abreu, com o novo testemunho da vítima do assalto, a copeira Dalva da Costa Santos, que contou ter se confundido quando identificou Vinícius como o ladrão, seu cliente deve ser absolvido depois do carnaval.
A Corregedoria Interna da Polícia Civil vai apurar se houve alguma irregularidade na prisão do ator. A Justiça concedeu na tarde desta terça-feira a liberdade provisória para o rapaz, que havia sido preso no último dia 10, acusado de ter roubado a bolsa de uma mulher no Méier, Zona Norte da cidade. Em novo depoimento à polícia, Dalva da Costa Santos admitiu ter se enganado ao reconhecer Vinícius como o homem que a assaltara. A investigação vai avaliar a conduta do policial civil Waldemiro Antunes de Freitas Junior, da 11ª DP (Rocinha), que abordou Vinícius e apresentou a ocorrência à 25ª DP (Engenho Novo), e a do delegado de plantão William Lourenço Bezerra, responsável pelo flagrante.
Pela decisão judicial, Vinícius terá de comparecer ao Fórum mensalmente e não poderá deixar a cidade. O juiz em exercício da 33ª Vara Criminal, Rudi Baldi Loewenkron, afirmou em sua decisão que o rapaz poderia ficar solto, já que tem endereço fixo e emprego, não possuindo antecedentes criminais nem o perfil de um criminoso comum.
Em novo depoimento na 25ª DP, Dalva afirmou que o local onde foi roubada não era bem iluminado e que viu apenas rapidamente o rosto do ladrão. “Fica quietinha e passa a bolsa”, ameaçou o criminoso ao abordá-la. Ainda segundo a vítima, que trabalha como copeira em um hospital do Méier, o bandido usava blusa preta e tinha cabelo no estilo black power, corte semelhante ao de Vinícius, cujo cabelo foi cortado no momento da prisão.
Dalva disse ainda que, já no dia seguinte ao roubo, devido às insistentes negativas de Vinícius, teve dúvidas e pensou em ir à delegacia para retirar a queixa, mas não o fez por não ter o dinheiro da passagem. Ao ver a repercussão do caso na mídia, a sensação de que poderia ter se enganado aumentou.
No dia 10, Vinícius seguia a pé para casa, no Méier, quando foi abordado por dois policiais que acompanhavam a vítima, perto do Viaduto de Todos os Santos. Ele foi obrigado a se deitar de bruços no chão e, depois, levado à 25ª DP. Na delegacia, a copeira chorava muito ao afirmar reconhecê-lo como o assaltante. Esse testemunho foi usado para manter o rapaz preso.
Ator preso ao ser confundido com assaltante deve ser liberado de presídio nesta quarta-feira
Agência O Globo
O ator e vendedor Vinícius Romão de Souza, de 26 anos, deve ser solto nesta quarta-feira. Rubens Nogueira de Abreu, advogado de Vinícius chegou por volta das 8h40m à Cadeia Pública Juíza Patricia Acioli, em São Gonçalo, e declarou que a família não vai ao local e que não há previsão de quando o oficial de Justiça chegará ao presídio com o alvará de soltura. Ele também não quis comentar se Vinícius entrará na Justiça contra o estado ou contra a mulher que o acusou. Segundo o advogado, isso será decidido pela família de Vinícius.
"Minha preocupação é de que ele saia daqui ainda hoje", disse o advogado.
Questionado se a repercussão na mídia e nas redes sociais foi essencial para que a Justiça determinasse a liberdade provisória de seu cliente, Rubens negou, creditando a reviravolta ao trabalho dele mesmo. Vinícius se encontra numa cela com outros 15 presos, mas não sofreu violência. Segundo o advogado, Vinícius está tranquilo por ser psicólogo e ter consciência de sua inocência.
Ainda de acordo com Rubens Abreu, com o novo testemunho da vítima do assalto, a copeira Dalva da Costa Santos, que contou ter se confundido quando identificou Vinícius como o ladrão, seu cliente deve ser absolvido depois do carnaval.
A Corregedoria Interna da Polícia Civil vai apurar se houve alguma irregularidade na prisão do ator. A Justiça concedeu na tarde desta terça-feira a liberdade provisória para o rapaz, que havia sido preso no último dia 10, acusado de ter roubado a bolsa de uma mulher no Méier, Zona Norte da cidade. Em novo depoimento à polícia, Dalva da Costa Santos admitiu ter se enganado ao reconhecer Vinícius como o homem que a assaltara. A investigação vai avaliar a conduta do policial civil Waldemiro Antunes de Freitas Junior, da 11ª DP (Rocinha), que abordou Vinícius e apresentou a ocorrência à 25ª DP (Engenho Novo), e a do delegado de plantão William Lourenço Bezerra, responsável pelo flagrante.
Pela decisão judicial, Vinícius terá de comparecer ao Fórum mensalmente e não poderá deixar a cidade. O juiz em exercício da 33ª Vara Criminal, Rudi Baldi Loewenkron, afirmou em sua decisão que o rapaz poderia ficar solto, já que tem endereço fixo e emprego, não possuindo antecedentes criminais nem o perfil de um criminoso comum.
Em novo depoimento na 25ª DP, Dalva afirmou que o local onde foi roubada não era bem iluminado e que viu apenas rapidamente o rosto do ladrão. “Fica quietinha e passa a bolsa”, ameaçou o criminoso ao abordá-la. Ainda segundo a vítima, que trabalha como copeira em um hospital do Méier, o bandido usava blusa preta e tinha cabelo no estilo black power, corte semelhante ao de Vinícius, cujo cabelo foi cortado no momento da prisão.
Dalva disse ainda que, já no dia seguinte ao roubo, devido às insistentes negativas de Vinícius, teve dúvidas e pensou em ir à delegacia para retirar a queixa, mas não o fez por não ter o dinheiro da passagem. Ao ver a repercussão do caso na mídia, a sensação de que poderia ter se enganado aumentou.
No dia 10, Vinícius seguia a pé para casa, no Méier, quando foi abordado por dois policiais que acompanhavam a vítima, perto do Viaduto de Todos os Santos. Ele foi obrigado a se deitar de bruços no chão e, depois, levado à 25ª DP. Na delegacia, a copeira chorava muito ao afirmar reconhecê-lo como o assaltante. Esse testemunho foi usado para manter o rapaz preso.
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