O Sistema de Justiça Criminal é uma utopia no Brasil.
Infelizmente, não existe este sistema em nosso país capaz de prevenir os delitos e no final integrar à sociedade o autor de ilicitudes com o mesmo valor, equilíbrio e harmonia e comprometimento entre os protagonistas junto aos processos, aos esforços, ao cidadão e às leis que regem a ordem e a justiça.
No Brasil, as política, as ações e os processos são corporativos. Cada um trabalha olhando o próprio umbigo e não há a preocupação com as mazelas, os esforços, e a eficácia dos demais parceiros do sistema e muito menos com o objetivo comum de todos a favor da ordem, da justiça, da vida das pessoas e do patrimônio do contribuinte.
A desarmonia começa na discriminação salarial e nas distorções estruturais, passando pelo nível de investimentos, grau de valor e grau de importância política que estabelece elos e apadrinhamento de interesses corporativos, onde os objetivos e o comprometimento com o cidadão não são prioridades.
Os poderes Legislativo e Judiciário, mais o MP e Defensoria, são compadres e parceiros no processo de valorização, enquanto que os aparatos policial e prisional vêm sendo sucateado e discriminado ao longo do tempo, colocados na posição de servos do sistema, ao invés de protagonistas de atividades essenciais à justiça.
Esta cultura vem gerando nos atores discriminados uma desmotivação funcional, desapego com o dever e com a organização, e nocivas ingerências partidárias que podem proporcionar ganhos e vantagens que a maioria não pode alcançar.
Não há um sistema, mas uma corte privilegiada e um amontoado esperando o pior.
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